Confirmar e alargar em 2016
as vitórias alcançadas

2015: um ano de lutas<br>e conquistas

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Se houve ano que mos­trou a im­por­tância de­ci­siva da luta dos tra­ba­lha­dores e do povo e da exis­tência de um Par­tido Co­mu­nista forte e ac­tivo para travar o passo à ex­plo­ração e ao em­po­bre­ci­mento 2015 foi, cla­ra­mente, um deles. Graças ao per­ma­nente com­bate dos tra­ba­lha­dores e do povo e ao re­forço or­ga­ni­za­tivo e po­lí­tico do PCP, aliado à sua acção e ini­ci­a­tiva, o go­verno PSD/​CDS foi der­ro­tado nas elei­ções le­gis­la­tivas de 4 de Ou­tubro e a sua po­lí­tica de des­truição foi in­ter­rom­pida: juntos, os dois par­tidos que afun­daram o País nos úl­timos quatro anos per­deram mais de 700 mil votos, 12 pontos per­cen­tuais e 25 de­pu­tados; já a CDU, pros­se­guiu a ten­dência de su­bida ve­ri­fi­cada desde 2002, al­can­çando mais votos e uma maior ex­pressão elei­toral e ele­gendo mais um de­pu­tado.

O re­sul­tado das elei­ções, in­se­pa­rável da luta dos tra­ba­lha­dores e do povo e da ini­ci­a­tiva do Par­tido, criou uma nova si­tu­ação po­lí­tica no País mar­cada pela exis­tência de uma mai­oria par­la­mentar capaz de dar corpo a uma so­lução de go­verno al­ter­na­tiva ao PSD/​CDS. O go­verno re­sul­tante desta mai­oria não é – ao con­trário do que muitos dis­seram e dizem – um «go­verno de es­querda» ou um «go­verno de co­li­gação», mas um go­verno do PS, com o qual foi pos­sível es­ta­be­lecer com­pro­missos ten­dentes à in­ter­rupção e re­versão de al­gumas graves me­didas apro­vadas pelo an­te­rior exe­cu­tivo PSD/​CDS, no que res­peita à de­vo­lução de sa­lá­rios e pen­sões, à ma­nu­tenção no sector pú­blico de em­presas que se en­con­travam em pro­cesso de pri­va­ti­zação e ao alar­ga­mento dos di­reitos à saúde, edu­cação e pro­tecção so­cial.

Trata-se de passos pe­quenos, sem dú­vida, mas passos na di­recção certa. A in­ten­si­fi­cação e alar­ga­mento da luta de massas di­tará o quanto será pos­sível con­quistar nesta nova con­jun­tura po­lí­tica. Certo é que a rup­tura com a po­lí­tica de di­reita e a cons­trução de uma al­ter­na­tiva pa­trió­tica e de es­querda con­ti­nu­arão a ser ob­jec­tivos cen­trais da luta ime­diata dos co­mu­nistas, que não ce­deram nem ab­di­caram do seu pro­jecto e do seu Pro­grama.

Se 2015 foi um ano de muitas lutas e al­gumas vi­tó­rias tal se deve, em grande me­dida, ao re­forço do Par­tido Co­mu­nista Por­tu­guês, que conta hoje com um co­lec­tivo maior, mais coeso e or­ga­ni­zado: a acção de con­tactos com os mem­bros do Par­tido – ta­refa «in­vi­sível» mas nem por isso pouco im­por­tante – e a cam­panha de re­cru­ta­mento que cul­minou com êxito em Abril, com a adesão ao Par­tido de 2127 novos mem­bros, acres­cen­taram força e energia ao co­lec­tivo par­ti­dário; a acção geral de re­forço do Par­tido que se en­contra em curso e a cam­panha na­ci­onal de fundos «Mais Es­paço, Mais Festa. Fu­turo com Abril» têm tudo para dar ainda mais fô­lego a este re­forço.

É assim que en­tramos em 2016, com muitas e de­ci­sivas ba­ta­lhas no ho­ri­zonte: entre elas des­tacam-se a di­na­mi­zação da ini­ci­a­tiva po­lí­tica do Par­tido aos mais va­ri­ados ní­veis; a in­ten­si­fi­cação da luta dos tra­ba­lha­dores e do povo; o for­ta­le­ci­mento das or­ga­ni­za­ções e mo­vi­mentos de massas e o re­forço do tra­balho po­lí­tico uni­tário; e o de­sen­vol­vi­mento da acção in­ter­na­ci­onal, pela so­li­da­ri­e­dade, a co­o­pe­ração e a paz. Par­ti­cular atenção me­recem as elei­ções para a Pre­si­dência da Re­pú­blica e a afir­mação da can­di­da­tura de Edgar Silva e a pre­pa­ração e re­a­li­zação do XX Con­gresso do PCP. Todas estas li­nhas de acção con­vergem para os ob­jec­tivos de romper com a po­lí­tica de di­reita e em­pre­ender uma po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda, in­se­ridos na luta mais geral pela de­mo­cracia avan­çada, o so­ci­a­lismo e o co­mu­nismo.


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